Retrato da fome: Criança de 8 anos desmaia de fome em escola pública no RJ e cena se repete em todo país

 Um caso chocou as redes sociais depois que uma professora da rede pública do Rio de Janeiro contou em uma reportagem para a BBC, que uma aluninha sua, de apenas 8 anos desmaiou na sua frente de fome.

Segundo a professora, a menina chegou atrasada na sala de aula, suando frio, tremendo e com os olhos tristes. 

Foto: Agência Brasil/Arquivo


A professora questionou se a aluna estava bem, e mesmo relutando disse que sim, foi então que a educadora perguntou se ela havia comido e recebeu como resposta um "Não".

Sensibilizada, ela tentou pegar um biscoito em sua bolsa para dar, mas a criança desmaiou na sua frente.

Casos como esse se tornaram comuns em todo país, depois que Bolsonaro assumiu o poder. Sem emprego, renda ou ajuda do governo, diversas famílias estão passando fome, e os idosos, e as crianças são os que mais sofrem com isso.

Segundo professores de todo o país ouvidos pela jornalista Thais Carrança, os alunos com fome sofrem com perda de motivação e apresentam episódios de agressividade com colegas e educadores.

Casos de desmaios se tornaram comuns, principalmente quando envolvem atividades físicas. As crianças chegam a desmaiar depois de uma atividade simples, como jogar bola na quadra. Por vergonha elas escondem dos professores e colegas a situação de vulnerabilidade e insegurança alimentar que enfrentam em casa.

Com a extinção do Bolsa Família, os professores temem que esse quadro se agrave em todo país, e alertam para que o governo faça algo urgente.

Casos de crianças que ficaram órfãos por conta da Covid-19 também preocupam os educadores, que relatam o abandono escolar.

Esses jovens, sem, ter alguém para auxiliá-los, largam os estudos em busca de trabalho, e, nessa altura existe o perigo de se envolverem com algo ilegal reportou uma professora em outra matéria.

Nas escolas, essas crianças ainda têm uma merenda para ajudar, mas alguns acreditam que se comerem estão sendo injustos com seus familiares que passam fome e até evitam se alimentar por causa disso. Essas crianças estão sendo penalizadas injustamente.

O fato é que Bolsonaro e seus ministros não estão preocupados em combater a fome e o desemprego. Eles só pensam em ajudar os patrões, banqueiros, empresários e todos que possam mantê-los no poder.
Para eles, essas pessoas continuam invisíveis.


Leia a reportagem de Thais Carrança no site da BBC Brasil

Por Kátia Figueira de Oliveira

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