Manifestação na capital gaúcha reuniu povo do campo e da cidade para cobrar políticas públicas para produção de alimentos

 


Cerca de 1,5 mil trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade tomaram as ruas do centro de Porto Alegre na manhã desta terça-feira (16) e realizaram um ato contra a fome, em frente ao Palácio Piratini, sede do governo do Rio Grande do Sul, cobrando políticas públicas dos governos Bolsonaro (sem partido) e Eduardo Leite (PSDB) para a produção de alimentos e geração de emprego e renda.

O MST, a Via Campesina, a Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf-RS), a União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes), o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), o Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável (Consea-RS), o Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB) e o Movimento de Mulheres Camponesas (MMC) ocuparam o pátio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) com o objetivo de pressionar o governador Eduardo Leite (PSDB) por crédito emergencial para a agricultura familiar.

Crédito emergencial para a agricultura familiar

Foi destacado que as organizações e os movimentos da agricultura familiar construíram também coletivamente o Projeto de Lei (PL) nº 115/2021, protocolado pela bancada do PT na Assembleia Legislativa, que propõe crédito emergencial para agricultores familiares, camponeses, assentados, pescadores artesanais, quilombolas e suas organizações (associações, cooperativas, agroindústrias familiares), atingidos pela pandemia e pela estiagem de 2020.

“Nesses dois anos de pandemia e seca, a agricultura familiar foi a única a não ser atendida pelo Estado. O governo abandonou as políticas públicas de reforma agrária. Estamos aqui reivindicando uma resposta e uma ação do governador Eduardo Leite sobre essa situação”, disse Ildo Pereira, da direção nacional do MST.

Por volta das 10h, os agricultores e as agricultoras foram até o Piratini, munidos de faixas, cartazes e conduzindo duas vacas leiteiras para chamar a atenção da sociedade para a realidade do campo.

Carla Kunze

Fonte: CUT RS


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