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| Foto: Lula Marques/ Agência Brasil |
Moraes reforçou que cabe ao Judiciário definir a perda de mandato quando houver condenação com decisão transitada em julgado, ficando à Câmara apenas a tarefa de “declarar a perda do mandato”.
Na decisão, o ministro afirmou:
“Diante do exposto, nos termos decididos pela Primeira Turma desta Suprema Corte no julgamento de mérito da Ação Penal 2.428/DF, declaro nula a rejeição da representação nº 2/2025 da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados e decreto a perda imediata do mandato parlamentar de Carla Zambelli Salgado de Oliveira”
Assim, a vaga deverá ser ocupada por Adilson Barroso (PL-SP), que tem 48 horas para tomar posse. A liminar será analisada pela Primeira Turma em sessão virtual nesta sexta-feira (12), às 11h.
Fuga para a Itália
Em julho, Zambelli foi presa em Roma ao tentar fugir do mandado de prisão emitido por Moraes. Com dupla cidadania, ela buscava asilo político após ser condenada pelo STF a 10 anos de prisão por envolvimento na invasão ao sistema do CNJ, em 2023.
As investigações apontam que ela teria sido a autora intelectual da emissão de um mandado falso contra Moraes. O hackeamento foi executado por Walter Delgatti, que confirmou ter atuado a mando da deputada e também foi condenado.
Após a fuga, o governo brasileiro pediu sua extradição. O STF formalizou o pedido em 11 de junho, enviado pelo Itamaraty às autoridades italianas. A Justiça da Itália deve definir o futuro da parlamentar em uma audiência marcada para a próxima quinta-feira (18).

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