Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça, foi categórico ao denunciar o improviso do relatório, lembrando que o Executivo levou seis meses para construir o texto com base em consultas amplas. Em apenas três dias, Derrite alterou pontos centrais, o que gerou críticas não apenas do Planalto, mas também de setores da PF que enxergaram ameaça à autonomia da corporação. O contraste entre o esforço coletivo do governo e a pressa do relator expôs a disputa política em torno da segurança pública.
Apesar das tentativas de desfiguração, Lula mantém firme o discurso de que o Brasil precisa enfrentar o crime organizado com inteligência e políticas estruturadas, não com atalhos legislativos. A defesa do projeto original reforça a imagem de um presidente comprometido com soluções duradouras, que não se rende a pressões imediatistas e aposta em medidas capazes de proteger comunidades vulneráveis e fortalecer o Estado.
O episódio revela mais do que uma divergência técnica, mostra a batalha entre um governo que busca modernizar o combate às facções e setores que preferem improvisos legislativos. Ao reagir com firmeza, Lula reafirma sua liderança e sinaliza que não aceitará retrocessos em uma agenda que pode redefinir a segurança pública no país

Postar um comentário