A medida foi tomada duas semanas após a Procuradoria Municipal entrar com ação civil pública contra o Bradesco, alegando que o fechamento prejudicaria moradores e o comércio local. Caldeirão Grande se junta a outros municípios baianos que tentam impedir o encerramento de agências no interior.
No município, funciona um posto de atendimento de menor porte, localizado na Praça Edgar Pereira, no Centro. A juíza Iasmin Leão Barouh determinou que a unidade seja mantida com serviços completos e equipe integral até decisão final ou apresentação de um plano de contingência aprovado pela Justiça.
A magistrada também pediu que o Ministério Público da Bahia acompanhe o caso e que seja marcada uma audiência de conciliação. O Bradesco foi procurado, mas não comentou. A decisão destaca ainda que boa parte da população local é idosa e não possui acesso ou familiaridade com serviços digitais.
“Grande parte do público atendido [...] realizar transações dentro das agências. Desconsiderar essa realidade ao retirar o único ponto de atendimento presencial completo é condenar parte significativa da população à margem do sistema financeiro”, diz o texto.
Entre os clientes estão também cerca de 1,3 mil servidores municipais que recebem pelo Bradesco. O procurador do município, Rafael Guirra, comemorou a decisão e afirmou que o banco não havia informado oficialmente o fechamento.
“A decisão judicial se mostra juridicamente correta, socialmente justa e humanamente sensível”, declarou. O encerramento do posto estava previsto para 21 de novembro.

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