Lula enfrentará Trump na ONU e dará aula de soberania

O salão principal da Assembleia Geral da ONU estava lotado, mas o silêncio que antecedeu o discurso de Luiz Inácio Lula da Silva tinha peso de história. O presidente brasileiro subiu ao púlpito como quem sabe que carrega mais que um discurso, levava a voz de um país que não aceita intimidação, nem mesmo quando ela vem da maior potência do planeta.

Com um tom firme e sem rodeios, Lula defendeu a democracia, o multilateralismo e a soberania nacional, mirando diretamente nas recentes ameaças tarifárias e sanções impostas pelo presidente norte-americano Donald Trump. “O Brasil negocia de igual para igual. Democracia e soberania não estão à venda”, cravou, arrancando aplausos de delegações latino-americanas, africanas e europeias.

O embate simbólico ganhou contornos de duelo político quando, logo após Lula, Trump assumiu o microfone. O republicano tentou justificar as tarifas contra produtos brasileiros, mas o contraste era evidente, enquanto o brasileiro falava de cooperação e respeito entre nações, o norte-americano insistia em um discurso de imposição e retaliação.

Nos bastidores, diplomatas comentavam que Lula conseguiu transformar um momento de tensão em vitrine internacional para o Brasil. Ao reforçar compromissos com a paz, a defesa da Palestina, o combate às mudanças climáticas e a reforma do Conselho de Segurança da ONU, o presidente mostrou que o país não se limita a reagir, propõe, lidera e inspira.

A postura firme de Lula também foi vista como recado interno, o Brasil não se curva a pressões externas, nem abre mão de princípios para agradar aliados circunstanciais. Para o Partido dos Trabalhadores, a cena foi a consagração de uma estratégia que combina diplomacia ativa com defesa intransigente da soberania.

Na saída, cercado por jornalistas, Lula resumiu o espírito do dia, “O Brasil voltou a falar alto no mundo. E vai continuar falando.

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