As primeiras imagens que vêm à minha mente neste momento em que soube da partida de Nilson Brandão são de um domingo no Cine Coliseu, onde aconteciam, nas manhãs e tardes de domingo, o “Coliseu Show”. Era lá que os artistas da cidade de Paulo Afonso se apresentavam, e para comandar a festa havia uma dupla de apresentadores que, juntos, conseguiam dominar a plateia com suas tiradas. Estou falando de Galdino, o “Tio Gal”, e Nilson Brandão.
Lembro de comícios onde ele participou como apresentador em várias campanhas eleitorais da esquerda de Paulo Afonso. Brandão nunca recebeu um centavo por esse trabalho, que ele fazia de forma voluntária. Entre os anos 80 e 90, Brandão foi ativo nas campanhas em que Zé Ivaldo foi candidato, e foram nesses momentos que tive a oportunidade de conhecer uma das melhores pessoas da política pauloafonsina. Brandão foi de esquerda.
Brandão era mais do que um voluntário; ele era um amigo leal e dedicado. Sua presença era sempre recebida com alegria e gratidão por todos que tiveram a sorte de trabalhar ao seu lado. Ele tinha uma habilidade única de conectar-se com as pessoas, de fazer com que cada um se sentisse valorizado e importante. Sua generosidade e seu espírito de colaboração criaram laços profundos e duradouros, transformando simples colegas de trabalho em verdadeiros amigos. A amizade de Brandão era um presente raro, um farol de bondade e integridade que iluminava a vida de todos ao seu redor.
Sua partida nos deixa tristes, com a sensação de que os melhores estão indo, mas suas histórias ficarão para sempre em nossas mentes. Registrar o quanto sua passagem pelo mundo impactou vidas é o que posso fazer neste momento. Brandão, que Deus o receba com muito carinho. Brandão, presente.
Por: Dimas Roque
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