PF indicia Bolsonaro e Mauro Cid no caso das joias sauditas


A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro no caso das joias sauditas, enviando um relatório parcial ao ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF). A investigação revelou uma organização criminosa que desviava e vendia presentes de autoridades estrangeiras durante o governo Bolsonaro, que deveriam ser incorporados ao Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH), conforme regras do Tribunal de Contas da União (TCU).

Os desvios ocorreram entre 2022 e o início do ano passado, com vendas operadas por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. A PF também indiciou outras 11 pessoas, incluindo Mauro Cid, seu pai, general Mauro Lourenna Cid, ex-ajudantes de ordens Osmar Crivelatti e Marcelo Câmara, e o advogado Frederick Wasseff.

As joias saíram do país em uma mala no avião presidencial, com parte vendida por Mauro Cid, que recebeu US$ 68 mil em sua conta bancária pela venda de relógios de luxo. Entre os itens desviados estavam esculturas de ouro recebidas por Bolsonaro em 2021.

A defesa de Bolsonaro não se pronunciou, mas seu filho, senador Flávio Bolsonaro, criticou o indiciamento nas redes sociais. O advogado Fábio Wajngarten também foi indiciado, considerando o ato ilegal e afirmando que orientou a entrega dos itens ao TCU após tomar conhecimento pela imprensa.

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