O evento contou com a participação da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que abriu o ato na avenida Paulista com uma oração e um discurso emocionado.
Também marcaram presença diversas figuras públicas como: o atual prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes, o governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o governador do estado de Goiás, Ronaldo Caiado, o deputado federal Nikolas Ferreira, além do pastor (e principal organizador do evento) Silas Malafaia.
Também marcou presença o jornalista português, Sérgio Tavares, que desembarcou no Brasil na manhã deste domingo (25) para participar da manifestação em apoio ao ex-presidente, e afirmou ter sido ''retido'' pela Polícia Federal no Aeroporto Internacional de Guarulhos.
“Não tenho autorização para entrar no Brasil. Espero que meus direitos sejam cumpridos e que não me façam passar por nada injusto”, disse Sérgio em um vídeo compartilhado nas redes sociais.
O discurso de Bolsonaro
Jair Bolsonaro discursou durante o ato em sua defesa pelas investigações da Polícia Federal. Durante sua fala, ele relembrou ações realizadas durante seu mandato entre 2018 e 2022, defendeu a pacificação do país e também propôs um projeto de anistia para os detidos nas manifestações de 8 de janeiro de 2023.
Sobre isso, ele comentou:
''Busco uma anistia para aqueles pobres coitados que estão presos em Brasília. Nós não queremos mais que seus filhos sejam órfãos de pais vivos. Nós já anistiamos no passado quem fez barbaridade no Brasil. Agora, pedimos a todos os 513 deputados e 81 senadores, um projeto de anistia para que seja feita a justiça no nosso Brasil.''
O ex-presidente, que antes havia se mantido em silêncio, também decidiu comentar as acusações de ter planejado um golpe de Estado contra o presidente Lula.
"Continuam me acusando de um golpe, porque tem uma minuta de um decreto de estado de defesa. Golpe usando a Constituição? Tenha santa paciência", disse.
O discurso de Silas Malafaia
Silas Malafaia, em seu discurso, fez críticas ao STF, TSE e ao ministro Alexandre de Moraes, afirmando não ter medo de ser preso. Ele afirmou que os manifestantes que depredaram a sede dos Três Poderes em Brasília não tinham a intenção de cometer um golpe. Ele também sugeriu que o governo Lula estaria por trás das manifestações de janeiro de 2023.
“Golpe tem arma, bomba, planejamento do mal. Uma mulher com uma bíblia que entrou no Senado e se sentou na mesa do presidente: golpista, 17 anos de cadeia”, disse ele.
A discrepância na quantidade de manifestantes
Segundo o Monitor do Debate Político no Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP), o ato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) neste domingo (25) na Avenida Paulista reuniu cerca de 185 mil pessoas.
Já a a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), afirmou que, baseado num cálculo feito pela Polícia Militar, 600 mil pessoas se concentraram na avenida.
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, publicou em seu perfil do Twitter que o público total foi de 750 mil pessoas, mas não explicou como ele chegou a esse número.
Encerramento
O ato que contou com muitos apoiadores políticos e diversos manifestantes vestidos de verde e amarelo, segurando bandeiras do Brasil e Israel, foi encerrado às 17h, se tornando atualmente, talvez a maior manifestação bolsonarista.
Por: Caio Roque
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