Universitária é alvo de perseguição em Canindé

No mesmo dia em que a Câmara de Vereadores aprovou a instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), em 15 de agosto, outro fato de relevância surgiu no cenário legislativo. A presença de estudantes universitários na sessão plenária, denunciando a suspensão do serviço de ônibus que os conduzia às cidades onde frequentam as aulas.

Nesse contexto, uma figura se destacou entre os presentes. Trata-se de Mirtes Santos Corrêa, que, movida pela emoção, ergueu-se no plenário e protagonizou um protesto cujos ecos ressoaram amplamente nas redes sociais e ganharam destaque no “podcast da Xingó com Heleno Silva", na última sexta-feira, dia 18.

Com profunda emoção, Mirtes proferiu um discurso que tocou os presentes e sensibiliza aqueles que assistem ao vídeo ou escutam o áudio. "Estou perdendo aulas para estar aqui, reivindicando o direito de todos". Naquele mesmo dia, ela deveria ter iniciado as aulas práticas do curso de Fisioterapia na cidade de Paulo Afonso, na Bahia. No entanto, optou por adiar seu compromisso em prol da luta coletiva.

Mirtes enfatizou com veemência: "A situação em Canindé do São Francisco é uma vergonha. O momento exige intervenção". Suas palavras chamou a atenção para a complexa conjuntura política vivenciada na cidade sergipana, onde alguns vereadores buscam destituir o prefeito Weldo Mariano, após acusações feitas contra ele.

Após sua notável defesa em favor dos universitários, Mirtes denuncia estar sofrendo perseguições. Ela afirma estar proibida de utilizar os ônibus que transportam os alunos e, mais alarmante ainda, teria sido excluída dos grupos em que interage com seus colegas.

Ela relata que o medo se instalou entre os estudantes universitários que se manifestam ou demandam melhores condições de transporte. "Muitos estão apreensivos", declara Mirtes, preocupada com o ambiente de temor que permeia a comunidade acadêmica.

A empresa, segundo a própria Mirtes, é a RC Transportes que presta serviços ao município de Canindé. “Não sou de ficar calada, sempre gostei de falar e reivindicar meus direitos como cidadã”. Ela ainda disse que foi ridicularizada por um vereador presente em uma das reuniões com os universitários”.

Diante desses eventos, fica evidente que a voz de Mirtes transcende o simples protesto, refletindo uma série de questões mais amplas sobre a política local e os desafios enfrentados pelos estudantes que aspiram a uma educação de qualidade. Enquanto Canindé do São Francisco busca encontrar soluções para suas controvérsias, a coragem e a determinação de Mirtes ecoam como um símbolo de resistência.

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