A apreensão de R$ 430 mil em espécie na casa do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) pela Polícia Federal escancarou a podridão que ronda o Congresso. O dinheiro estava escondido em sacolas dentro de um armário, prática que remete aos piores escândalos da política brasileira. O episódio não é isolado, Carlos Jordy (PL-RJ) também aparece nas investigações sobre o uso irregular das chamadas emendas Pix, mecanismo que deveria servir para fortalecer municípios, mas virou atalho para desvios e enriquecimento ilícito.
Enquanto deputados tentam justificar o injustificável, o governo federal reforça que não há espaço para conivência. Lula foi categórico ao afirmar que “mesmo se um filho meu estiver envolvido, tem que ser investigado”, frase que virou símbolo da postura republicana de sua gestão. A autonomia da PF é prova de que o Executivo não interfere para proteger aliados, permitindo que as operações sigam o curso natural da lei.
O contraste é gritante, de um lado, parlamentares que se vendem como defensores da moralidade, mas são flagrados com dinheiro vivo em casa; do outro, um governo que aposta na transparência e na fiscalização para proteger o dinheiro público. A sociedade, cansada de discursos vazios, vê na atuação da PF e da CGU um sopro de esperança contra a velha política de privilégios e sacolas cheias de notas.
O caso de Sóstenes e Jordy não é apenas mais um escândalo, mas um retrato da hipocrisia que insiste em sobreviver no Congresso. A moralidade, tantas vezes usada como bandeira por esses parlamentares, foi enterrada junto com as sacolas de dinheiro escondidas em armários. A limpeza promovida pelas investigações é necessária para restaurar a confiança da população e mostrar que o Brasil não tolera mais farsantes travestidos de guardiões da ética

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