Congresso tenta blindar parlamentares enquanto Lula manda investigar até “se um filho”



A sequência de operações da Polícia Federal contra desvios de recursos públicos, especialmente envolvendo as chamadas emendas Pix, provocou um verdadeiro ajuste de contas no Congresso Nacional. Deputados e senadores, acuados pelas investigações, passaram a articular mecanismos de blindagem para proteger seus pares, numa tentativa de conter o avanço das apurações. O movimento, porém, contrasta com a postura firme do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que reiterou em discurso que não haverá privilégios, “mesmo se um filho meu estiver envolvido, tem que ser investigado”. A frase ecoou como recado direto de que a autonomia da PF é garantida e que a lei vale para todos.

As emendas Pix, criadas para transferências diretas de parlamentares a municípios, tornaram-se símbolo de escândalos recentes. Auditorias da Controladoria-Geral da União apontaram irregularidades em repasses que somam mais de R$ 72 milhões, com falhas graves de transparência e rastreabilidade. O ministro do Supremo Tribunal FederalFlávio Dino, determinou que a Polícia Federal investigasse os casos, reforçando o caráter sistêmico das ilegalidades. A Operação Transparência, deflagrada em Brasília, já atingiu assessores ligados ao ex-presidente da Câmara, Arthur Lira, mostrando que o cerco não se limita a figuras secundárias.

Enquanto o Congresso tenta se proteger, plataformas independentes como “De Olho Em Você” vêm cumprindo papel essencial ao expor os valores das emendas Pix de cada parlamentar e o destino dos recursos. Essa iniciativa de vigilância cidadã tem ampliado a pressão sobre os políticos e fornecido munição para jornalistas e movimentos sociais cobrarem explicações. A mídia alternativa, por sua vez, tem se destacado ao defender a autonomia das investigações e ao desmentir narrativas que buscam desacreditar o trabalho da PF e do governo federal.

O embate atual revela duas forças em choque, de um lado, a Polícia Federal fortalecida pela autonomia concedida pelo governo Lula, que avança sobre esquemas de corrupção sem se intimidar; do outro, um Congresso que insiste em blindagens e manobras para salvar seus membros. A diferença é que, desta vez, a sociedade está mais atenta, acompanhando cada passo por meio de plataformas digitais e veículos independentes. O resultado é um cenário em que a pressão popular e a ação institucional se somam para mostrar que o Brasil não tolera mais a velha política de privilégios e impunidade

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