CNH sem autoescola: consulta pública bate recorde


A consulta pública sobre a proposta que busca democratizar o acesso à Carteira Nacional de Habilitação (CNH) recebeu mais de 5 mil contribuições em apenas 24 horas, tornando-se a mais participativa da atual gestão do Governo Federal na plataforma ''Participa + Brasil'' em um único dia. O engajamento é comparável apenas ao da consulta sobre a vacinação contra a Covid-19, que reuniu 23.911 contribuições entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022.

Elaborada pelo Ministério dos Transportes, a proposta pretende reduzir as barreiras para a obtenção da primeira habilitação, especialmente entre pessoas de baixa renda. O objetivo é tornar o processo mais simples e acessível, ampliando as oportunidades de trabalho, mobilidade e inclusão social.

Encerrada em 1º de novembro, a consulta está agora em fase de análise. O ministério reúne as sugestões enviadas e encaminhará a versão final da proposta à Casa Civil. A nova resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) deve ser publicada em novembro e começar a valer em dezembro, com prazo de seis meses para adaptação das autoescolas.


Entenda a medida

Com autorização do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ministério avançou na proposta que acaba com a obrigatoriedade das aulas em autoescolas. A mudança, defendida pelo ministro Renan Filho (MDB), mantém os exames teórico e prático, mas torna as aulas facultativas, permitindo que os candidatos escolham instrutores autônomos ou plataformas digitais.

Assim, os candidatos poderão optar por:

  • Aulas teóricas: presenciais em centros credenciados, online em plataformas autorizadas ou gratuitas pela Senatran;
  • Aulas práticas: com instrutores autônomos certificados, podendo incluir familiares ou motoristas de aplicativo, com carga horária definida pelo próprio aluno;
  • Provas teórica e prática: continuam obrigatórias, assim como os requisitos de idade mínima, alfabetização e exames médicos.

A iniciativa visa desburocratizar o processo de habilitação e reduzir custos, beneficiando especialmente quem tem menor renda. O governo pretende implementar as novas regras até dezembro deste ano, por meio de resolução do Contran, sem necessidade de aprovação do Congresso.

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