O Senado vive um coro uníssono contra a PEC da Blindagem, que dificulta a abertura de ações penais e prisões de parlamentares. De 81 senadores, 46 já declararam voto “não”, apenas seis apoiam e seis ainda não disseram como agir. Enquanto a maior parte da Casa se posiciona, o senador Ângelo Coronel (PSD-BA) mantém silêncio absoluto, isolando-se em Brasília e incomodando eleitores na Bahia.
O Partido dos Trabalhadores tem liderado a mobilização pela rejeição da proposta. Além de Wagner, outros oito senadores petistas já manifestaram apoio à retirada da PEC. Na Câmara, o PT orientou a bancada contra a medida, resistindo a pressões do Centrão. A postura firme reforça a imagem de compromisso com a justiça social, em consonância com o discurso de Lula.
A omissão de Coronel pode trazer consequências políticas. Em ano pré-eleitoral, ele arrisca desgaste com setores da base governista e com movimentos de combate à corrupção. A cobrança pública cresce a cada dia, e o PSD baiano já sinaliza desconforto com o sumiço do colega de legenda.
O próximo passo será a votação em plenário, prevista para a semana que vem. Enquanto isso, o relógio corre e as redes sociais não perdoam o “fantasma” baiano. Coronel tem a chance de reaparecer com uma declaração clara, aliando-se ao coro nacional pelo fim da blindagem aos políticos. O silêncio, até agora, fala mais alto do que qualquer justificativa
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