Mais cedo, Gleisi Hoffmann, ministra da Secretaria de Relações Institucionais, reagiu às novas declarações vindas de Washington. Em suas redes sociais, ela acusou a família Bolsonaro de conspirar contra o país e disse que “a situação chegou ao absurdo” com a ameaça de possível uso da força militar pelos EUA. A ministra ainda criticou as tarifas aplicadas sobre exportações brasileiras e as sanções impostas a ministros e familiares, afirmando que agora “querem invadir o Brasil para salvar Jair Bolsonaro da prisão, o que é totalmente inaceitável”.
Na noite do mesmo dia, o governo brasileiro publicou uma nota oficial por meio do Itamaraty, em resposta às ameaças de Trump. O texto assegura que os Três Poderes “não se deixarão intimidar por qualquer forma de atentado à soberania nacional”.
No comunicado, o Brasil também reforça que repudia sanções econômicas ou ameaças militares contra sua democracia, defendendo que a liberdade de expressão só pode ser garantida pelo respeito à vontade popular e à preservação das instituições. O documento conclui denunciando a tentativa de forças antidemocráticas de manipular governos estrangeiros para pressionar as estruturas nacionais.
As declarações brasileiras foram motivadas pela fala de Karoline Leavitt, porta-voz da Casa Branca, que disse a jornalistas que Trump “não hesita em usar o poder econômico e militar para proteger a liberdade de expressão no mundo”. A afirmação foi dada em resposta a uma pergunta sobre possíveis sanções ao Brasil diante da eventual condenação de Jair Bolsonaro por tentativa de golpe.
Horas depois, a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil divulgou em suas redes um vídeo com a fala de Leavitt, trazendo inclusive trechos traduzidos para o português.

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