A decisão afirma que Marçal teve benefícios eleitorais de forma irregular ao organizar "campeonatos de cortes", nos quais oferecia prêmios a usuários do Discord em troca de disseminação de seus conteúdos na internet.
A sentença proferida pelo juiz eleitoral Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, estabelece a impossibilidade de Marçal concorrer até 2032. O empresário também terá que pagar uma multa de R$ 420 mil por descumprir uma liminar do processo que previa a suspensão imediata das atividades do canal no Discord. Foi constatado através de prints que o grupo continuou ativo entre os meses de agosto e outubro, quando havia imposição de multa de R$ 10 mil por dia, e que os responsáveis pela moderação eram sócios do empresário.
Histórico de polêmicas
Marçal, natural de Goiânia, ganhou notoriedade ao promover eventos de coaching e publicar livros de autoajuda. Em janeiro de 2022, liderou uma expedição com 32 pessoas ao Pico dos Marins, em São Paulo, desconsiderando alertas de mau tempo. O grupo precisou ser resgatado pelos bombeiros, e o Ministério Público denunciou Marçal por expor os participantes a perigo.
Em 2018, Marçal foi condenado por formação de quadrilha em um esquema de fraudes bancárias. No entanto, a pena foi extinta devido à prescrição.
Em 2022, Marçal lançou sua candidatura à presidência pelo PROS, mas enfrentou disputas internas no partido. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) barrou sua candidatura após anular a convenção partidária que o havia escolhido como candidato.
Durante um debate televisivo em setembro de 2024, o apresentador e candidato José Luiz Datena agrediu Marçal com uma cadeira após ser provocado sobre acusações de assédio sexual. Marçal sofreu lesões leves e foi encaminhado ao Hospital Sírio-Libanês. O incidente gerou ampla repercussão e críticas à violência no ambiente político.
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