O filme valoriza o cangaço, movimento histórico do Nordeste, com um foco especial em Poço Redondo, onde Lampião e seu bando foram mortos. A obra resgata a memória local e contribui para fortalecer a identidade cultural sergipana. O longa-metragem, dirigido por Beto Patriota, narra a história de Zé Cupira, um cangaceiro em busca de justiça após o assassinato do pai, misturando temas de luta, amor e redenção.
Antes da exibição, o público acompanhou apresentações culturais, incluindo a Orquestra Sinfônica Raízes Nordestinas, os cordelistas Quitéria de Bonsucesso e Isadora Leite, e o grupo de xaxado Cabras de Lampião. Após o filme, a equipe de produção participou de um bate-papo, compartilhando detalhes sobre a gravação, que envolveu 206 atores de vários estados e durou três anos.
Pascoal Maynard, presidente do Conselho Estadual de Cultura, destacou a importância do evento para a cultura local, elogiando a dedicação dos envolvidos na produção. O diretor Beto Patriota, emocionado, relembrou os 19 anos de esforço para realizar o filme, enfatizando o carinho e dedicação que envolveram a obra.
O secretário de Cultura e Turismo de Poço Redondo, Manoel Belarmino, ressaltou o significado especial do filme para o município, destacando sua importância para o reconhecimento da identidade local, especialmente no contexto do cangaço. O cantor Bob Lelis, que contribuiu com a trilha sonora, expressou sua honra por fazer parte do projeto.
A exibição também marcou momentos emocionantes para os moradores, como Dona Déia, de 59 anos, que viu seu primeiro filme no cinema, e Bruno Barreto, estudante de cinema, que elogiou a produção, acreditando que ela será bem recebida em festivais e em todo o Brasil.
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