Oportunistas que mudam de lado para se perpetuarem nos governos municipais


A política brasileira é um cenário que nunca nos surpreende, se tem uma coisa que nunca muda, é a presença dos oportunistas dispostos a trocar de lado na busca incessante pelo poder. Essas figuras, que se dizem defensoras de propostas e ideais, acabam desempenhando um papel semelhante ao de um camaleão, adaptando-se às cores da administração vigente em um piscar de olhos.

Esses bajuladores profissionais, que antes se colocavam como opositores ferrenhos de determinado candidato, revelam-se adeptos da flexibilidade política quando a situação exige. Durante o período eleitoral, eles pregam sua lealdade a uma candidatura, mas, após a vitória do novo governante, seja ele quem for, rapidamente se tornam os maiores aliados do novo alcaide, apresentando-se ao lado dele com sorrisos e promessas de apoio. Essa mudança não é apenas uma questão de pragmatismo; é uma estratégia calculada para garantir que continuem desfrutando dos benefícios do poder.

É frustrante ver como muitos desses, ao invés de manterem suas convicções, preferem se adaptar ao poder, acreditando que essa é a única forma de sobreviver na política local. Eles se tornaram verdadeiros especialistas em navegar pelo mar instável da administração pública, trocando de bandeira conforme as marés mudam. Essa falta de comprometimento com os princípios e valores que deveriam nortear a política só contribui para um ciclo vicioso de desconfiança e desilusão entre a população.

O que eles se esquecem é que a política não deve ser apenas um jogo de xadrez, onde cada movimento é calculado em função de um deposito em uma conta bancária. A mudança de lado não é apenas uma traição ao candidato derrotado que depositou confiança em suas promessas, é a desnudez de personalidades humanas.

Assim, faz-se necessário que novo administrador de plantão, seja ele quem for, identifique cada um desses, pois quem trai uma vez, trai sempre. E reconhecer que essas mudanças de lado por conveniência não é uma prática aceitável; pelo contrário, é um caminho que afunda as esperanças de transformação e progresso. Afinal, a democracia é feita de escolhas, mas não podemos continuar a ver marionetes de uma dança que se repete a cada eleição.

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