A política brasileira é um cenário que nunca nos surpreende,
se tem uma coisa que nunca muda, é a presença dos oportunistas dispostos a
trocar de lado na busca incessante pelo poder. Essas figuras, que se dizem
defensoras de propostas e ideais, acabam desempenhando um papel semelhante ao
de um camaleão, adaptando-se às cores da administração vigente em um piscar de
olhos.
É frustrante ver como muitos desses, ao invés de manterem
suas convicções, preferem se adaptar ao poder, acreditando que essa é a única
forma de sobreviver na política local. Eles se tornaram verdadeiros
especialistas em navegar pelo mar instável da administração pública, trocando
de bandeira conforme as marés mudam. Essa falta de comprometimento com os
princípios e valores que deveriam nortear a política só contribui para um ciclo
vicioso de desconfiança e desilusão entre a população.
O que eles se esquecem é que a política não deve ser apenas
um jogo de xadrez, onde cada movimento é calculado em função de um deposito em
uma conta bancária. A mudança de lado não é apenas uma traição ao candidato
derrotado que depositou confiança em suas promessas, é a desnudez de
personalidades humanas.
Assim, faz-se necessário que novo administrador de plantão,
seja ele quem for, identifique cada um desses, pois quem trai uma vez, trai
sempre. E reconhecer que essas mudanças de lado por conveniência não é uma
prática aceitável; pelo contrário, é um caminho que afunda as esperanças de
transformação e progresso. Afinal, a democracia é feita de escolhas, mas não
podemos continuar a ver marionetes de uma dança que se repete a cada eleição.
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