As acusações
De acordo com o ex-assessor, os vereadores obrigavam os assessores a devolver o décimo terceiro salário sob a justificativa de que o dinheiro seria usado para financiar a campanha eleitoral de 2024. Além disso, servidores indicados para cargos na Prefeitura de Paulo Afonso eram pressionados a repassar valores mensais que variavam entre R$ 100 e R$ 500, configurando um esquema de extorsão.
Entre outras práticas denunciadas, as que se destacam são:
- Desvio de salários: Assessores que deveriam receber R$ 3.000 mensais ficavam com apenas R$ 200, enquanto outros recebiam apenas o valor correspondente à contribuição do INSS.
- Controle de contas bancárias: Em casos alguns casos, vereadores mantinham os cartões bancários de assessores, fazendo deles servidores fantasmas.
- Fraude em diárias: Assessores eram obrigados a devolver valores de diárias, e há indícios de uso fraudulento desse benefício por parte dos parlamentares.
O denunciante informou que entregará todas as provas ao Ministério Público da Bahia (MP-BA) nos próximos dias, solicitando a abertura de uma investigação formal. Ele destacou que o esquema não apenas viola os direitos trabalhistas, mas também configura abuso de poder e improbidade administrativa.
Aumento salarial gera indignação
A denúncia ganha ainda mais relevância diante da recente aprovação, pelos vereadores, de um aumento em seus próprios salários, que passaram de R$ 12 mil para R$ 17 mil. A votação foi realizada em menos de 1 minuto e sem nenhuma transparência, gerando indignação na população. O ex-assessor afirma que essa atitude reforça a necessidade de uma investigação rigorosa.
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