Os comentários de Lula, que faziam um paralelo entre as ações militares israelenses na Faixa de Gaza e o genocídio do Holocausto durante a Segunda Guerra Mundial, geraram uma reação intensa entre os parlamentares da oposição. A comparação polêmica feita pelo presidente brasileiro provocou indignação, especialmente entre os membros do PL, partido liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, e também entre membros do Republicanos, Progressistas e União Brasil.
A deputada federal Carla Zambelli, do PL de São Paulo, e outros parlamentares argumentaram que as ações em Gaza não podem ser equiparadas ao genocídio de milhões de judeus durante o Holocausto. Eles destacaram a importância de respeitar o povo de Israel e a memória do Holocausto, destacando o peso das palavras do presidente e seu impacto nas relações internacionais do Brasil.
O ex-secretário de Cultura, Mario Frias, também fez críticas às declarações de Lula, observando que não apenas desrespeitam a memória histórica, mas também podem prejudicar as possíveis parcerias estratégicas do Brasil com Israel, um centro reconhecido de inovação militar e tecnológica.
Impeachment
O processo de impeachment no Brasil é um mecanismo de controle político pelo qual o Congresso Nacional pode julgar crimes de responsabilidade cometidos por ocupantes de cargos públicos. Para que um pedido de impeachment avance, é necessário que o presidente da Câmara dos Deputados aceite a solicitação.
Desde 1945, três processos foram abertos em âmbito federal. O primeiro, contra Getúlio Vargas, o qual foi rejeitado pelo Plenário da Câmara Federal. O segundo, contra Fernando Collor, o qual foi posto em processo de inelegibilidade e privação dos direitos políticos por oito anos. E o último, contra Dilma Rousseff, o qual resultou em sua cassação sem perda de direitos políticos.
O único político que realmente sofreu um processo de impeachment foi a ex-presidente Dilma Roussef.
A reprovação de Israel
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, disse nesta segunda-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não é bem-vindo em Israel até que retire seus comentários comparando a guerra contra os militantes do Hamas em Gaza ao genocídio nazista durante a Segunda Guerra Mundial.
"Não vamos esquecer nem perdoar. Trata-se de um grave ataque antissemita. Em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel, diga ao presidente Lula que ele é persona non grata em Israel até que retire o que disse",
disse o ministro das Relações Exteriores, Israel Katz, ao embaixador do Brasil, de acordo com uma declaração do gabinete de Katz.
Postar um comentário