A sentença do juiz Carlos Alberto Pereira de Castro, da 7ª Vara do Trabalho de Florianópolis do Tribunal Regional do Trabalho, é em primeira instância (ou seja, cabe recurso da decisão). O órgão alegou que Hang realizou campanha política dentro de lojas da Havan com participação obrigatória dos empregados.
A Acusação
De acordo com a acusação, o empresário ameaçou despedir funcionários e fechar as lojas caso Fernando Haddad, candidato do PT na época e adversário de Bolsonaro, fosse eleito presidente da República. Os empregados também teriam sido constrangidos a responder a enquetes dentro dos estabelecimentos, dizendo em quem pretendiam votar.
A defesa também negou ter obrigado os funcionários "a cantar o Hino Nacional".
Em nota, o empresário nega todas as acusações:
“É um total absurdo. Inclusive, na época dos acontecimentos foram feitas diversas perícias nomeadas pela própria Justiça do Trabalho e nada ficou comprovado, não houve irregularidades. O juiz deveria seguir as provas, o que não fez, seguiu a sua própria ideologia. Mais uma vez o empresário sendo colocado como bandido. Tudo foi feito de modo a garantir a liberdade dos colaboradores. Afinal, temos até hoje em nosso quadro, colaboradores de várias outras ideologias políticas. Aliás, importante lembrar que o voto é secreto e cada um votou conforme sua convicção”, diz o empresário.
A Condenação
O valor total que Hang e a Havan terão de pagar é referente a uma multa de R$ 500 mil por unidade da rede à época; indenização por danos morais coletivos de R$ 1 milhão; e indenização por dano moral individual de R$ 1 mil para cada funcionário empregado na época. Com juros e correção monetária, o valor chega a R$ 85 milhões.
Postar um comentário