Seriam os Influencers os novos parasitas?

Você já se irritou com os influencers, aquelas pessoas que têm milhares ou milhões de seguidores nas redes sociais e que vivem de postar fotos, vídeos e stories sobre suas futilidades, produtos inúteis e opiniões superficiais? Eles são realmente profissionais ou apenas pessoas desocupadas que encontraram uma forma de explorar dinheiro e fama na internet?

A resposta é óbvia. Os influencers são desocupados, pois não possuem uma ocupação ou emprego fixo, não estão envolvidos em atividades produtivas ou remuneradas e são completamente ociosos. Eles desperdiçam a maior parte do tempo criando e consumindo conteúdo nas redes sociais, sem contribuir para o desenvolvimento da sociedade ou para a solução dos problemas reais que enfrentamos.

Os influencers não são profissionais, pois não têm o poder de influenciar as decisões de compra de outras pessoas, mas apenas de manipular seu público com sua falsa autoridade, conhecimento, posição ou relacionamento. Eles se vendem para as marcas para promover seus produtos e serviços, criando modismos e induzindo seus seguidores a comprá-los. Eles também geram receita com publicidade, patrocínios, parcerias e vendas de produtos próprios. Eles não precisam ter habilidades de comunicação, marketing, criatividade e gestão, mas apenas de enganar e iludir sua audiência e sua reputação.

Então, como definir os influencers? Seriam eles os novos desocupados ou os novos profissionais? A melhor definição seria a de parasitas digitais. Eles são pessoas que usam as redes sociais como uma plataforma para sugar e vender seu próprio produto: sua imagem, sua personalidade, sua opinião. Eles são incapazes de transformar sua influência em um negócio lucrativo e sustentável, aproveitando-se das oportunidades que a internet oferece. Eles são, ao mesmo tempo, produtores e consumidores de lixo, criadores e seguidores de modismos, líderes e seguidores de opiniões.

Os influencers são, portanto, um fenômeno nocivo e vergonhoso, que merece ser combatido e eliminado com mais rigor. Eles representam uma nova forma de desocupação, que desafia as categorias tradicionais de trabalho e lazer, de produção e consumo, de profissionalismo e ociosidade. Eles são, ao mesmo tempo, odiados e criticados, seguidos e rejeitados, imitados e ignorados. Eles são, enfim, os novos desocupados ou os novos profissionais? A resposta depende do ponto de vista de cada um.

Mas nem tudo está perdido no mundo dos INFLUENCER

Em tempos de crise sanitária, política e social, a disseminação de informações falsas e enganosas pode ter consequências graves para a saúde pública e a democracia. Por isso, é fundamental que existam guerrilheiros virtuais que se dediquem a verificar os fatos, desmentir os boatos e promover o debate qualificado nas redes sociais. Essas pessoas usam suas plataformas para educar, conscientizar e mobilizar seus seguidores, utilizando fontes confiáveis, dados científicos e argumentos racionais.

Alguns exemplos de influenciadores de esquerda que fazem um trabalho responsável nesse sentido são:

Sabrina Fernandes, socióloga e youtuber do canal Tese Onze, que aborda temas como marxismo, feminismo, ecologia e política, com uma linguagem acessível e didática1.

Laura Sabino, estudante de história e youtuber do canal Laura Sabino, que explica conceitos políticos de esquerda usando desenhos, filmes e músicas2.

Felipe Neto, empresário e youtuber, que se posiciona contra o governo Bolsonaro e defende causas como educação, direitos humanos e meio ambiente3.

Nath Finanças, administradora e educadora financeira, que ensina como lidar com o dinheiro de forma consciente e solidária, especialmente para a população de baixa renda4.

Rita von Hunty, drag queen e youtuber do canal Tempero Drag, que discute questões como gênero, sexualidade, cultura e filosofia, com humor e irreverência5.

Esses são apenas alguns dos muitos influenciadores que usam seu poder de comunicação para combater as mentiras, as fake news e as injustiças que assolam o nosso país. Eles são exemplos de como as redes sociais podem ser usadas para o bem, para a educação e para a transformação social.

Por Dimas Roque

Post a Comment

Postagem Anterior Próxima Postagem