Outros ataques foram registrados em outras cidades do país, como Esmeralda, perto da fronteira com a Colômbia, homens armados incendiaram carros e ameaçaram as pessoas que passavam. O presidente, Daniel Noboa, declarou na tarde de hoje conflito armado interno e disse que as gangues atuando no país são organizações terroristas. “Ordenei às Forças Armadas que realizem operações militares para neutralizar esses grupos”, disse nas redes sociais.
Durante a invasão da TV, disparos foram ouvidos no estúdio principal e os funcionários da emissora usaram um grupo de WhatsApp para pedir ajuda: “socorro, eles querem nos matar”, dizia a mensagem. Segundo as informações preliminares divulgadas pelo jornal local El Universo, o bando deixou uma dinamite na recepção e fez os profissionais da emissora reféns. “Estamos no ar para dizer que não se brinca com a máfia”, disse um dos criminosos. Por volta das 14:30, a transmissão foi interrompida no Equador, mas o sinal internacional permaneceu no ar.
Na segunda-feira, o governo já havia decretado estado de exceção em resposta a onda de violência com policiais sequestrados. O país fica situado entre os maiores produtores de cocaína do mundo, Colômbia e Peru, e tem exercido há anos o papel de ponto de exportação de ilícitos para a América do Norte e a Europa. No ano passado, essa violência atingiu a eleição presidencial com a morte do candidato Fernando Villavicencio, 59 anos, assassinado com três tiros na cabeça enquanto saía de um ato de campanha na capital do país, Quito, em outubro.
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