Seca severa atinge 34% do território baiano e preocupa agricultores e moradores

A Bahia enfrenta uma situação de seca severa que afeta 34% do seu território, segundo o Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). A seca severa é caracterizada por perdas de cultura e escassez de água nos reservatórios, córregos e poços, causando restrições severas ao uso da água.

A seca severa na Bahia é resultado das chuvas abaixo da média histórica nos últimos meses, especialmente no oeste, no centro-norte e no sudeste do estado, onde se concentram as principais áreas de produção agrícola. A seca também é influenciada pelo fenômeno climático El Niño, que aquece as águas do Oceano Pacífico e reduz as precipitações no Nordeste.

A seca severa tem impactado negativamente a agricultura familiar, que depende das chuvas para o cultivo de alimentos básicos, como milho, feijão, mandioca e frutas. Segundo a Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado da Bahia (Fetag-BA), mais de 200 mil famílias estão sofrendo com a falta de água e de assistência técnica.

Além disso, a seca severa tem comprometido o abastecimento humano e animal, gerando riscos para a saúde e a segurança alimentar. Muitos moradores têm que recorrer aos caminhões-pipa ou às cisternas comunitárias para ter acesso à água potável. Já os criadores de animais têm que lidar com a escassez de pasto e de água nos açudes e barragens.

Para enfrentar a situação, o governo estadual tem adotado medidas de emergência, como a liberação de recursos para a construção de cisternas, poços e adutoras, a ampliação do programa de distribuição de água por caminhões-pipa e a renegociação de dívidas dos agricultores afetados pela seca. No entanto, essas ações ainda são insuficientes para amenizar os efeitos da seca severa, que pode se prolongar até o próximo ano

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