IAB cobra política de proteção das populações indígenas e lembra tragédia Ianomami

Neste 19 de abril, data de celebração do Dia dos Povos Indígenas, o Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) lembra que a diversidade das populações originárias é um símbolo nacional que deve ser constantemente preservado. “A restauração de uma política de proteção das populações indígenas é emergencial, depois do massacre do povo Ianomami, denunciado mundialmente. Celebrar as populações tradicionais ressignifica e revela a matriz da identidade cultural brasileira”, disse o presidente nacional da entidade, Sydney Sanches.

Entre 2019 e 2022, o Brasil registrou aumento de 331% das mortes de indígenas da etnia Ianomami causadas por desnutrição. Segundo dados do Ministério da Saúde, foram contabilizados 177 óbitos. A pasta responsabiliza, principalmente, o garimpo ilegal e a omissão do poder público durante o período. A mobilização pelo fim do massacre dos povos originários está em pauta há décadas e, em 1940, foi tema do Congresso Indigenista Interamericano, quando a efeméride foi criada.

Os indígenas que se recusaram a fazer parte do evento, por acharem que não teriam voz no debate, resolveram se unir ao congresso no dia 19 de abril daquele ano. Ao todo, a reunião realizada no México uniu 47 representantes dos povos de todo o continente americano. O Brasil aderiu à data comemorativa em 1943 através de um decreto-lei criado pelo então presidente Getúlio Vargas

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