Impactos da intervenção do Pró-Semiárido na vida das famílias agricultoras foram avaliados em seminários regionais

Os resultados alcançados a partir das intervenções do Governo do Estado, por meio do projeto Pró-Semiárido, foram refletidos em seminários regionais, realizados no período entre 9 e 16 de fevereiro, nos municípios de Jacobina, Senhor do Bonfim e Juazeiro. 

Com o tema: Da Semente aos Frutos, o seminário reuniu agricultores/as, entidades de Assessoramento Técnico Contínuo (ATC) e parceiros para avaliar os impactos gerados pelo projeto a partir dos seus princípios norteadores: Agroecologia, Estoque de água e de alimentos nas propriedades e nas comunidades; Participação das mulheres e dos jovens; Associativismo e cooperativismo, Inclusão de povos e comunidades tradicionais e a Agregação de valor aos produtos e acesso a mercados.

Durante a atividade, foi aplicada pesquisa e apresentados os dados que revelaram o potencial transformador do projeto na vida das famílias agricultoras. “A prática do monitoramento e da avaliação dentro de projetos de desenvolvimento rural é fundamental para que se possa evidenciar os resultados alcançados e demonstrar para os parceiros e financiadores a importância dessas políticas públicas na vida das pessoas. Demonstrar que eles dão certo e precisam receber cada vez mais aporte e investimento”, pontuou Carla Silva, assessora de Monitoramento e Avaliação do Pró-Semiárido.

Carla destacou ainda a importância de escuta das famílias para confrontar os números. “Foi importante para o Pró-Semiárido ouvir as pessoas e confrontar os dados advindos do monitoramento das ações ao longo do projeto, o que nos permitiu atestar o sucesso e o atingimento dos objetivos traçados”.

Os números atestaram a importância do Pró-Semiárido para o desenvolvimento rural na Bahia, mas foram os depoimentos das agricultoras e dos agricultores que demonstraram a real dimensão do projeto. “Eu posso afirmar com todo meu amor e meu coração que o Pró-Semiárido foi só vitória! Cada vez que chego na minha roça, que eu me deparo com a minha cisterna, minhas fruteiras, meu canteiro cheio de alface e coentro, eu penso: ‘Que maravilha!’ Esse projeto foi tudo para mim, foi transformação”, afirmou Lúcia de Jesus, agricultora do Assentamento Alagoinhas, município de Jacobina.

O Pró-Semiárido implantou uma metodologia que assegurou a participação direta das/os agricultoras/es nas tomadas de decisões, a exemplo da gestão dos convênios firmados com as associações comunitárias. “O Pró-Semiárido trouxe recursos financeiros, mas ele nos proporcionou algo que não tem preço: ele nos capacitou! Nos capacitou para sermos mulheres e homens de progresso. Nós iniciamos como cegos em tiroteio, mas hoje somos gerentes das nossas ações enquanto comunidade organizada. Lá na nossa comunidade nós gerimos cinco convênios e agora pode vir muito mais, pois nós estamos capacitados”, refletiu a agricultora e dirigente da Associação da Comunidade de Canavieira, município de Senhor do Bonfim.

Outro ponto destacado durante os seminários foi a capacidade do projeto em estabelecer parcerias para assegurar a sustentabilidade das ações desenvolvidas, assim como o trabalho das equipes de ATC junto às famílias. “Depois de um longo período de trabalho em campo, de cumprimento de metas, após uma pandemia, o seminário foi um momento de extrema gratidão, pois o projeto nos apresentou uma nova lógica para o Semiárido”, assinalou Dulce Carvalho, coordenadora da equipe do Serviço de Assistência Socioambiental no Campo e Cidade (Sajuc), parceiro do Pró-Semiárido.

O Pró-Semiárido - O projeto integra um conjunto de ações do Governo do Estado para erradicar a pobreza na região semiárida. Executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR) vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), o Pró-Semiárido tem como principal objetivo contribuir para a redução da pobreza rural de forma duradoura, por meio do desenvolvimento sustentável da produção, da geração de emprego e renda em atividades agropecuárias e não agropecuárias e o desenvolvimento do capital humano e social.

Na Bahia, cerca de 70 mil famílias do Semiárido, de 782 comunidades, localizadas em 32 municípios com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), estão sendo assistidas pelo projeto, com investimentos de cerca de R$ 500 milhões aplicados em ações estratégicas

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