O ex-presidente Lula se renuiu com lideranças indígenas de todo país nesta terça-feira (12/04/2022) em Brasília.
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Imagem: Mateus Bonomi/AGIF - Agência de fotografia/Estadão Conteúdo |
Organizado pela Apib-Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, o "Acampamento Terra Livre" está na sua 18º Edição, e este ano aborda o tema: " Retomando o Brasil: Demarcar Territórios e Aldear a Política".
Os indígenas buscam uma maior representatividade nos espaços de poder.
E foi justamente isso que ouviram do ex-presidente Lula durante o encontro.
"Não é possível governar o País apenas dentro de uma sala no Palácio do Planalto. Para fazer uma política para os povos indígenas, é preciso visitar territórios e aldeias. E vamos precisar de um Ministério dos Povos Indígenas, chefiado por um indígena, não um branco como eu ou uma galega como a Gleisi [Hoffmann, presidente do PT]. Terá que ser um índio ou uma índia, terá que ser alguém para poder dirigir da mesma forma que o Ministério da Igualdade Racial."
Lula acrescentou que nenhum fazendeiro tem o direito de invadir terras indígenas, assim como nenhum brasileiro pode invadir para plantar soja de forma ilegal, ou queimar reservas para criação de gados."Não é possível as denúncias que a gente ouve todos os dias...de que homens, mulheres, crianças, yanomamis, estão sendo violentados. É preciso criar o 'Dia do Revogaço'. Tudo que foi decreto, criando empecilho, que cria dificuldades, seja revogado imediatamente."
Durante o evento, os indígenas entregaram um documento com diversas reivindicações.
Por Kátia Figueira de Oliveira
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