Macron assume presidência da UE e deixa Brasil em alerta por conta da omissão de Bolsonaro em proteger a Amazônia

 O Brasil está preocupado com a gestão do presidente da França, Emmanuel Macron que assumiu em 1º de janeiro a presidência da União Europeia.

A rivalidade entre Bolsonaro e Macron se deu em 2019, quando o presidente da França postou e fez comentários sobre as queimadas constantes na Amazônia, que estaria prejudicando o ecossistema mundial.

Macron- Foto Ludovic Marin/AFP

Por conta disso, Bolsonaro elevou o tom e passou a atacar o presidente francês com discursos inflamados, sendo acompanhado por seu filho Eduardo Bolsonaro que chamou Macron de Idiota e do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, que o chamou de cretino.

Não bastante, Bolsonaro ainda faz coro com uma piada machista, que ridicularizava a esposa do presidente da França, Brigitte, por sua idade.

Com essa rivalidade acirrada, agora os ministros e apoiadores do governo Bolsonaro se preocupam com uma possível retaliação do presidente francês, que já se encontrou com Lula em novembro e mantém com o ex-presidente uma relação harmoniosa.

O programa de governo anunciado por Macron, possui mais de 70 páginas e nem o Brasil e nem o Mercosul foram citados de forma positiva.

Aliás, o medo se justifica, porque com o poder nas mãos, Macron poderá iniciar sanções mais severas e impor barreiras comerciais contra produtos estrangeiros que tenham relacionamento com o desmatamento de florestas, e nisso, o Brasil pode ser bem prejudicado.

Para os governistas isso se chama: agenda anti-Bolsonaro e em ano eleitoral, o que o presidente do Brasil menos quer é problemas em seu governo.


Por Kátia Figueira de Oliveira

Post a Comment

Postagem Anterior Próxima Postagem