TCU aponta que Ministério da Defesa usou dinheiro destinado ao combate da Covid-19 para comprar picanha e filé mignon e bebidas alcoólicas

 Descaso, é este o termo que devemos usar para anunciar o que o Ministério da Defesa fez em meio a uma crise pandêmica no País.

Segundo um relatório do TCU, a pasta utilizou e gastou indevidamente recursos que seriam destinados ao enfrentamento da Covid-19 com alimentos supérfluos e caros. O apontamento informou que o Ministério gastou este dinheiro com compra de Picanha, salmão, filé mignon, camarão, caviar, bacalhau e bebidas alcoólicas, entre outros itens.

Foto Reprodução
Mais de R$ 535 mil foram gastos com artigos considerados de luxo, enquanto o país atravessava uma crise econômica, com 14 milhões de brasileiros desempregados e vivendo na miséria. Nem mesmo o irrisório auxílio emergencial conseguiu aliviar a vida dessas famílias que passaram a morar na rua e implorarem por comida na mesa.

A assessoria da pasta alegou que as atividades do Exército, Aeronáutica e Marinha, mantiveram suas atividades, mas o fato é que esses gastos absurdos foram utilizados para bancar os caprichos dos oficiais.

Os soldados quando não eram dispensados, nunca sequer provaram estas iguarias em seus turnos de trabalho.

Boa parte do dinheiro usado para a compra dos itens não essenciais, como filé mignon e picanha, foi obtida da ação orçamentária "21C0 – Enfrentamento da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional decorrente do Coronavírus".

Essa rubrica foi criada em 2020 para custear políticas públicas de saúde de combate à Covid.

A auditoria do TCU constatou que estes itens de luxo não fazem parte da alimentação padrão dos militares em atividade.

São gastos utilizados indevidamente e que jamais deveriam ser custeadas com recursos destinados ao Covid-19, dinheiro enviado pelo SUS para combater a doença no país.


 Por Kátia Figueira de Oliveira



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