Supremo está reunido desde a madrugada para votar a suspensão do "orçamento secreto" de Bolsonaro

Governo de Jair Bolsonaro criou orçamento paralelo bilionário para comprar apoios no Congresso Nacional.

O governo federal criou um orçamento paralelo bilionário em emendas parlamentares, no final de 2020, para garantir apoio do chamado "centrão" no Congresso. Segundo documentos divulgados pelo Estadão, o esquema desrespeita as leis orçamentárias e os acordos e o direcionamento do dinheiro não são públicos - daí a alcunha de "orçamento secreto" -, assim como a distribuição não foi igualitária entre os congressistas, evidenciando o interesse eleitoral de Bolsonaro.

Desde a madrugada de hoje (9), o Supremo Tribunal Federal está votando pela manutenção ou suspensão do chamado "orçamento secreto". Já votaram pela suspensão o ministro Edson Fachin, a ministra Cármen Lúcia e o ministro Luís Roberto Barroso, acompanhando o voto da relatora, ministra Rosa Weber. Até o momento, o placar está 4 votos pela suspensão do esquema e zero pela manutenção.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, do PP de Alagoas, (foto), enviou ontem (8) uma manifestação ao Supremo defendendo a derrubada da decisão liminar de Rosa Weber, que suspendeu os pagamentos do orçamento secreto. Lira quer que os pagamentos de emendas de relator continuem em vigor até o julgamento final das ações.

Carla Kunze


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