Bolsonaro mais uma vez comprovou que não se importa com a saúde das mulheres, principalmente se elas foram pobres.
Ele vetou nesta quinta-feira (07) a distribuição gratuita de absorventes para mulheres de baixa renda, que constava em que constituía: Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual.
Bolsonaro deixou apenas trecho que institui a criação do programa como "estratégia para a promoção da saúde e atenção à higiene", com o objetivo de "combater a precariedade menstrual". O chefe do Executivo também manteve a determinação de campanha informativa sobre saúde menstrual.Ou seja, o objetivo principal do Programa que era fornecer absorventes para as adolescentes e mulheres em baixa renda, sobretudo em fase escolar, mulheres em situação de rua ou de vulnerabilidade social extrema, as mulheres presidiárias e as adolescentes internadas em unidades para cumprimento de medida socioeducativa, com idade entre 12 e 51 anos.
Para vetar a distribuição, o governo alegou que não foi informado de onde viria o custeio, só que ele já constava como dotação orçamentária do Sistema Único de Saúde (SUS)- do Ministério da Saúde.
Parlamentares ficaram indignados com o veto, que beneficiaria milhões de mulheres em vulnerabilidade social, impedindo inclusive a evasão escolar e eles se uniram em busca de apoio para derrubarem o veto presidencial
"Bolsonaro demonstra, mais uma vez, sua misoginia e crueldade", disse a deputada Erika Kokay (PT-DF).
"Ele [Bolsonaro] mostra seu desprezo pela dignidade das mulheres vulneráveis e pela luta da sociedade contra a pobreza menstrual. Vamos derrubar o veto", afirmou Tabata Amaral (PSB-SP).
Já o presidente do MDB e deputado federal, Baleia Rossi (SP), chamou de "lamentável" a decisão do governo.
Por sua ação desumana e ultrajante, Bolsonaro foi denunciado à Organização das Nações Unidas (ONU) pela bancada do PSOL.
Fonte: Câmara Legislativa
Por Kátia Figueira de Oliveira
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