Urgente: Justiça do Trabalho afasta Sérgio Camargo de suas funções relacionadas à gestão de pessoas da Fundação Palmares e o proíbe de cometer assédio ou intimidação pelas redes sociais

 A casa caiu para o bolsonarista Sérgio Camargo que presidia a Fundação Palmares.

A Justiça do Trabalho afastou ele de suas funções frente à gestão de pessoas da entidade.

O juiz Gustavo Carvalho Chehab, da 21ª Vara do Trabalho de Brasília, tomou esta decisão atendendo um pedido do Ministério Público Trabalhista, que solicitou seu afastamento por praticar assédio moral, contra trabalhadores da entidade.
Twitter Reprodução


Segundo o juiz: ficou claro para este juízo que o alegado abuso do 2º réu está centrado na gestão de pessoas e na possível execração pública de indivíduos".  "Ora, se a atuação tida como abusiva do 2º réu pode ser identificada e isolada (ou afastada) em determinada atribuição, então o provimento inibitório deve sobre essa recair e não sobre a totalidade do exercício do mandato confiado pelo Excelentíssimo Sr. Presidente da República"
Com o afastamento de Sérgio, o diretor do Departamento de Fomento e Promoção da Cultura Afrobrasileira, Marcos Petrucelli, assumirá esta função.

Sobre os usos de redes sociais, o juiz definiu como"cyberbullying", e afirmou: Ficoi comprovada a "existência de indícios de uso de redes sociais para ofender e, até, de constranger ou de denegrir possíveis testemunhas".

Como todo bolsonarista que assume um cargo de chefia, o poder subiu para a cabeça de Sérgio Camargo.

Em agosto deste ano, o Fantástico expôs parte do processo promovido pelo MPT contra Sérgio, onde ele assediava moralmente os trabalhadores da entidade.

A reportagem expôs trechos da ação que mostra frases ditas por Camargo, como “Máquina zero obrigatória para a negrada”, “Negro de esquerda é burro” e “A escravidão foi terrível, mas benéfica para os descendentes”.


O juiz determinou que Sérgio foi proibido, em caráter cautelar, de realizar manifestações em redes sociais, nos perfis da Fundação e de Camargo, em desfavor de trabalhadores, ex-trabalhadores, testemunhas da ação, representantes da Justiça e imprensa.

"Proibição de direta,indiretamente ou por terceiros manifestação, comentário ou prática vexatória, de assédio, de cyberbullying, de perseguição, de intimidação, de humilhação, de constrangimento, de insinuações, de deboches, de piadas, de ironias, de ataques, de ofensa ou de ameaça", diz outro trecho da decisão.

A multa é de R$ 5 mil ao dia por descumprimento.

O Twitter também deverá fornecer mensagens escritas na plataforma por Sérgio, desde 2019, mesmo as que ele apagou.

Cerca de 16 servidores e ex-funcionários relataram uma rotina de perseguição e humilhação promovidas pelo presidente da Fundação.

Por conta disso, a Fundação Palmares deverá promover uma Auditoria para verificar a veracidade dos fatos.

Até lá, Sérgio segue afastado de seu cargo e responderá por seus atos.

Fonte: Rede Brasil Atual
Por Kátia Figueira de Oliveira

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