A violência que o comerciante bolsonarista Alberan de Freitas Epifânio, praticou contra o quilombola Luciano Simplício chocou moradores da cidade de Portalegre (RN), e causou indignação nas redes sociais, quando o vídeo com a violência foi compartilhado.
Proprietário do Mercadinho Eduarda, o bolsonarista Alberan, aparece nas imagens chutando as costas do quilombola, que se tem os pés e mãos amarrados e aparece chorando com o rosto voltado para o chão.
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Foto Reprodução |
Luciano é acusado por Alberan de ter jogado pedras em seu estabelecimento. Mas o que apurou pelo portal @mossorohoje, é que o comerciante teria espalhado pela cidade que Luciano era bandido e estava sempre drogado. Indignado com os boatos mentirosos, o quilombola reagiu e atirou pedras no mercado e ofendido o apoiador de Bolsonaro.
Por conta disso, o bolsonarista amarrou e espancou Luciano, na rua, o que gerou revolta de moradores locais.
No vídeo que circulou, é possível ver duas mulheres dizendo que Alberan quer linchar Luciano e uma delas pede que ele não mate o homem, ao que o bolsonarista responde de forma raivosa: "Mato, mato ele. O que é meu eu tenho o direito de defender."
Típico de bolsonaristas que gostam de agressividade, a cena chocou até a governadora do estado do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), que afirmou que o governo estadual não compactuará com manifestações eivadas de discriminação, intolerância, ódio e abusos de quaisquer naturezas.
Determinei ao secretário de Segurança, coronel @CoronelAraujoPM, e à delegada-geral da Polícia Civil, dra. Anna Cláudia, a apuração imediata e rigorosa do caso que envolveu um quilombola em Portalegre e que deixou a todos estarrecidos.
— Fátima Bezerra (@fatimabezerra) September 14, 2021
Morador em situação de rua, o quilombola foi alvo de tortura segundo o delegado de Portalegre, Cristiano Gouveia da Costa, após ver o vídeo com as agressões.
A Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq), a Ouvidoria do Governo do Rio Grande do Norte e a Coordenadoria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do Rio Grande do Norte (Coeppir) acompanham o caso.
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