Investigação aponta que Ataque Hacker a "Mulheres Unidas contra Bolsonaro" foi financiado

O grupo "Mulheres Unidas contra Bolsonaro", que ocorreu em setembro de 2018, pode ter sido financiado.

Uma ação promovida pela defesa de Marina Silva (REDE), que pede a cassação do mandato de Bolsonaro e a inelegibilidade do presidente levou esta questão ao judiciário.

O Grupo "Mulheres Unidas contra Bolsonaro", responsável por organizar o movimento " Ele Não", foi alvo de um grande ataque. Ao usurparem o grupo, os invasores alteraram o nome do grupo que passou a ser chamado de Mulheres com Bolsonaro, e o presidente chegou a replicar conteúdo postado no grupo invadido.

Foto Reprodução Fcebook


A Polícia Federal, ao investigar o caso, chegou no nome de Victor Gabriel de Oliveira, supostamente envolvido nesta ação criminosa.

A defesa de Marina tomou conhecimento e passou a fazer uma investigação paralela, descobrindo pagamentos suspeitos feitos ao rapaz, por meio da ferramenta PayU.

Victor alegou em sua defesa que ele vendia eletrodomésticos, e o dinheiro era do pagamento destes produtos. Acontece, que a empresa PayU, bloqueou o pagamento de recursos que Victor receberia, pois, constatou que diversas dessas operações eram suspeitas. Victor então moveu uma ação contra a PayU, que Marina usou no processo.

Os pagamentos segundo a PayU vieram entre os dias 20 a 21 de setembro, menos de uma semana após o ataque hacker feito ao grupo.

A PayU apurou que os pagamentos eram feitos por CPFs inexistentes, em boletos, coisa incomum para pagamentos virtuais, além de term ocorrido em horários que não costuma ocorrer transação financeira- 5 pagamentos foram feitos às 4h54 da manhã e outros 5 às 4h55.

Na ação movida por Marina pode se ler que o ataque sofrido pelo grupo foi motivado por sua importância política de posicionamento contra Bolsonaro.


“Fato é que as circunstâncias ora noticiadas demonstram que há fortes indícios de que os crimes que justificam a instauração desta Ação de Investigação Judicial Eleitoral foram praticados por meio de associação de indivíduos, que de forma sistemática, complexa e contando com o financiamento de terceiros, buscaram aviltar as eleições gerais de 2018, suprimindo a liberdade de pensamento e expressão de parcela significante de cidadãs brasileiras".

“Reprisa-se que Mulheres Unidas Contra Bolsonaro não se limitou a um mero grupo de rede social, tendo sido o embrião do movimento popular conhecido como “#elenão”, uma das mais representativas, legítimas e fortes expressões eleitorais da cidadania nas eleições de 2018, o que torna ainda mais importante que sejam elucidados os fatos em investigação e punidos os responsáveis por tais crimes contra a democracia”.


O ministro Luís Fernando Salomão, corregedor geral da Justiça eleitoral, deu prazo de 5 dias para que Bolsonaro, seu vice Mourão e o MPE, se manifestem sobre o caso.


Por Kátia Figueira de Oliveira
Fonte: Poder 360




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