Foto: AFP
Em seu pronunciamento de abertura da Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque, hoje pela manhã, o presidente Jair Bolsonaro fez diversas afirmações baseadas em dados e fatos fantasiosos, e ainda fez apologia ao tratamento precoce da covid-19 com medicações sem eficácia comprovada. Entre outras afirmações, o presidente disse que no Brasil não há mais corrupção, o desmatamento da Amazônia diminuiu, a economia está a todo o vapor, 80% dos índios estão vacinados e o apoio da maioria do povo brasileiro ao seu governo foi demonstrado no dia 7 de setembro, nas "maiores manifestações da história".
Sobre o tratamento precoce com drogas como a cloroquina e a ivermectina, Bolsonaro bancou abertamente o garoto-propaganda: "Eu mesmo fui um desses que fez tratamento inicial".
Convicto da eficácia de medicamentos que os cientistas já afirmaram serem ineficazes contra a covid-19, o presidente brasileiro disse não entender por que muitos países, e a própria mídia, são contra o tratamento precoce, e ainda complementou, em tom premonitório e ameaçador: "A história e a ciência saberão responsabilizar a todos."
Carla Kunze
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