Vivemos em uma sociedade machista e preconceituosa, onde as principais vítimas são as mulheres que ousam enfrentar o sistema.
Com apenas 89 anos completados este ano, o voto feminino representa a luta de muitas mulheres que buscam ocupar espaços nos campos políticos.
Mas, muitas dessas mulheres que tentam ocupar estes espaços sofrem algum tipo de violência, que muitas vezes pode ser fatal.
Fonte: Agência Câmara de Notícias
A ex-presidente Dilma Rousseff foi vítima da violência sexista. Mensagens agressivas, ofensas e xingamentos eram constantes em seu governo. O mundo presenciou estarrecido uma manifestação orquestrada pela elite em apoio aos golpistas, ofenderem Dilma na abertura da Copa em 2014.
Adesivos sexistas com a imagem da ex-presidente circularam no país em protesto contra os preços da gasolina.
Mas, se analisarmos o atual governo com a gasolina subindo cada vez mais e os preços beirando quase R$ 7,00 contra os R$ 2,80 do governo Dilma, não vemos nenhum protesto ou adesivos sexistas atacando o presidente.
A violência também pode causar a morte de nossas mulheres, como o triste caso envolvendo o assassinato da vereadora Marielle Franco.
Marielle foi vítima de um feminicídio político. Vereadora do PSOL- assassinada na região central do Rio, quando retornava de um evento, chamado "Jovens Negras Movendo as Estruturas"- na Lapa.
Ela era uma mulher negra, favelada e lésbica, e nada disso importava para as pessoas que a viam como uma fortaleza humana e política.
O seu assassinato chocou o mundo e fez ascender o alerta para a questão da violência política assola nosso país.
Em 2020, o Instituto Marielle Franco, que mantém vivo o legado deixado pela vereadora, fez uma importante pesquisa sobre a violência política contra as mulheres negras no país. E os dados chocam.
A pesquisa completa vocês podem acessar aqui
Lei 14.192/21
Este cenário de medo e insegurança fez as mulheres debaterem a importância de uma lei que lhes dê garantias de proteção.
De autoria da deputada Rosângela Gomes-Reublicanos/RJ, a nova lei busca proteger as mulheres que querem ocupar um cargo político.
Sancionada pelo presidente, esta lei altera também a lei de partidos políticos.
"Constranger, humilhar, perseguir ou ameaçar qualquer
candidata a cargos eleitorais são atos que podem gerar pena de reclusão"
A nova lei pretende prevenir e combater esse tipo de discriminação com pena de até um ano de prisão. E para casos de assédio, humilhação, perseguição ou ameaça que atrapalhem o desempenho feminino em campanha eleitoral, a punição será de até 4 anos de prisão.
Fonte: https://www.camara.leg.br/
https://legis.senado.leg.br/norma/34640621
Texto: Kátia Figueira de Oliveira
Produtora de Conteúdo Comunicóloga Redatora Produtora de Eventos Gestora de Mídias Sociais Estrategista e Coordenadora de Campanhas Políticas e Sindicais
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