2022 batendo à porta


As movimentações de Lula tem sido importantes, nos bastidores ele tem feito a costura para 2022, mesmo que não agrade à maioria, enfim, não irá entrar inocente no processo. E lembrando uma fala dele no depoimento ao Moro (que o próprio juiz recuperou e fez o questionamento), sendo eleito muitos que o prejudicaram e prejudicaram o Brasil vão pra "guilhotina" (refiro-me ao ostracismo histórico). Será um Lula 3.0 melhorado em termos de negociações com as demais forças.

Não se tem nada claro se o PSDB irá com Bolsonaro. Aos tucanos lhes interessam ir na sombra do Lula para depois puxar o tapete, um Temer que ressurge das sombras, como uma fênix (ou tucano) que nasce das cinzas, assim sendo, Lula está indo para a batalha com uma boa armadura.

Estrategicamente se o PSDB pensar desta forma será mais construtivo do que os americanos que trabalham por uma terceira via no Brasil. Embora o governo Obama 3.0 não queira sair na foto com Bolsonaro (que é a noiva feia) continuam fazendo negocinhos e podem, sob os lençóis, apoiar o governo na reeleição. Erro crasso que comentem o boneco de pano e a turma do Obama, porque Temer e Bolsonaro são os grandes vilões na perda de terreno internacional pelos EUA.

Com o golpe contra a presidenta Dilma e a entrada do Temer houve um enfraquecimento dos BRICS em que o Brasil era o ponto de equilíbrio, o pêndulo entre Rússia e China. A entrada de Bolsonaro distanciou ainda mais o Brasil dos BRICS, perdendo o seu protagonismo, com isto, propiciou uma aproximação Rússia e China, sendo que a Índia ficou em segundo plano e a África sumiu do mapa.

O Brasil era a parte pensante e articuladora do grupo, com seu afastamento houve aproximação das potências e uma natural perda de força dos demais, já que o Brasil promoveu a emersão da Índia e colocou a África numa vitrine, com potencial crescimento interno. E mais, com a aproximação Rússia e China, o Irã cujo líder se aproximou do Brasil por meio do Lula, tornou-se o braço nuclear da negociação.

Tendo a "união" entre Rússia, China e Irã os EUA se enfraqueceram mundialmente, estando seu império sob ameaça ( o presidente americano em terceiro estágio de demência, não oferecendo sustentação ao império americano, cometendo fiascos ao enfrentar o presidente Putin e com pouca credibilidade, já que está sempre amparado pelo deep state - contendo pessoas do governo Obama - que controla a nação) pode ser substituído Kamala até o final do ano, baseados na 25a emenda da constituição americana, e os americanos terão duas mulheres no comando da nação.

Para os EUA o melhor seria Lula, porque ele voltaria à cena política internacional, seria o ponto de equilíbrio entre Rússia, China e Irã e o governo americano não perderia sua hegemonia. Mas a supremacia branca masculina americana não lhes permite ver com olhos globalizantes o que melhor lhes atenderia, até porque Lula voltando ao governo seria a recuperação da independência do Brasil frente aos interesses internacionais. Lula não se verga aos grupos internacionais e propicia o crescimento do Brasil com independência.

No entanto, embora o PSDB de FHC possa fechar com Lula, até o último dia de apresentação de nomes que irão concorrer à presidência da república eles vão lutar por uma terceira via, o Lula seria a última alternativa para a direita. O que justifica o Lula estar buscando um vice que seja um representante da burguesia, um Alencar do século XXI, pós pandêmico.

Reinaldo Azevedo é um bom reflexo do que vem pensando a direita articulada, ao contrário da Catanhede que faz o papel da direita alardista, mas necessária ao processo; como o Wack que vem soltando as pérolas do pensamento liberalista. Todos são necessários na (des)construção do processo eleitoral de 2022.

Por: Rômulo Venades.

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