O encontro religioso de Zé Dirceu, Paulo Coelho e Fernando Moraes


Eu entrevistei o ex-ministro Zé Dirceu nesta segunda-feira, 03. Durante o nosso bate papo, ele lembrou uma história interessantíssima que começa em sua cidade natal, Passa Quatro nas Minas Gerais.  


Dirceu conta que durante a sua infância, uma congregação francesa, a de Padres Bathânia Mitas, vindos do Sul da França se instalou na cidade e lá construíram uma escola Católica, onde ele estudou.  


Este evento de sua infância o impactou positivamente. Tanto que, muitos anos depois, em um encontro que teve com o amigo, Paulo Coelho e o Jornalista Fernando Moraes, os dois estiveram, a convite do Mago em 2006, na cidade de Bétharram na França. Lá, os três foram a bela Igreja da cidade.  


Ao chegarem ao local estava tudo fechado. O que para Coelho seria um sinal de mau agouro. Dirceu lembrou que foi na mesma época em que ele estava já sendo perseguido pela “patranha” chamada de Mansalão.  


Mesmo assim, Dirceu subiu as escadas daquele morro conhecido como As Quedas de Jesus. Pelo caminho viu algumas outras igrejas. Ao final, segundo ele mesmo conta, “tem uma capela maravilhosa com um Cristo sendo enterrado pelas mulheres” em tamanho natural. Há também no local três cruzes em que remetem as do monte das oliveiras em Jerusalém quando da crucificação do Filho de Deus, relembrando cena final do calvário. Além de um cemitério de Padre da Ordem Báthanamita.  


Ao descer, Dirceu encontrou Coelho e Moraes em êxtase espiritual. É que enquanto ele tinha ido visitar o caminho das Quedas de Jesus, apareceu um padre, dirigindo um Kombi, que ao ver o Paulo Coelho, desceu para o cumprimentar alegremente. E ficou sabendo que, no grupo tinha uma pessoa de Passa Quatro. Era o Zé! Coincidência, daquelas que poucas vezes acontecem na vida, o religioso informou que tinha trabalhado como professor no mesmo Ginásio da infância do ex-ministro.  


O encontro rendeu até uma cópia de um vídeo com imagens feitas no Ginásio São Miguel, dada pelo Padre a Dirceu que aproveitou, segundo ele mesmo, e pediu uma “medalhinha de São Miguel Iscariote”, patrono dos Bethániamitas.  


Ainda foi lembrado os anos de ginásio como tendo sito “um privilégio”. Foi lá, que antes dos quatorze anos, Dirceu já tinha lido em francês e teve uma educação que o educou para a vida.  


Ele lembrou ainda de que teve que sair de Passa Quatro aos 14 anos para estudar e trabalhar em São Paulo. E foi lá que se destacou na luta estudantil, se elegendo deputado estadual, federal e chegando a ministro da Casa Civil no Governo do Presidente Lula. 

 

Foi uma boa conversa que, como me disseram muitos que a assistiram e comentaram enquanto ela acontecia, “humanizou o Zé Dirceu”.  

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